3º Worshop TISaúde – Segurança Digital

No dia 30 de maio, a partir das 8h da manhã, a Emescam sediará o 3º Workshop TIsaúde, com tema central “Segurança Digital”.

Segue abaixo o banner do evento e faça a sua inscrição, é GRATUITO!

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Seminário sobre Crimes Eletrônicos e a Segurança da Informação

Foi realizado um seminário na EEEM Almirante Barroso, localizado na cidade de Vitória-ES, com diversos assuntos e dentre eles, tive a honra de falar para os estudantes presentes sobre Os Crimes Eletrônicos e a Segurança da Informação.

Os assuntos abordados foram passados aos alunos de uma forma mais didática possível e menos técnica para que mesmo aqueles que não tinham uma vivência forte com a tecnologia, pudessem entender o recado a ser transmitido.

O vídeo da palestra você pode conferir abaixo:

Projeto “Debate nas Escolas Públicas sobre Tecnologia da Informação”. Debate: Os Crimes Eletrônicos e a Segurança da Informação. Local: EEEM Almirante Barroso – Vitória – ES

Ladrões usam pen drives para assaltar caixas eletrônicos

Eu li uma matéria na BBC Brasil que me chamou muito a atenção e precisamos ficar atentos para que esse tipo de ataque não seja “importado” pelos criminosos Brasileiros.

Os detalhes dos ataques, realizados contra caixas de um banco europeu cujo nome não foi divulgado, foram apresentados no congresso Chaos Computing, em Hamburgo, na Alemanha, que debateu crimes cibernéticos.

Os dois pesquisadores que detalharam os ataques pediram que seus nomes tampouco fossem divulgados.

Segundo eles, esse tipo de ataque começou a ser aplicado em julho, depois de o banco notar que vários de seus caixas eletrônicos estavam sendo esvaziados apesar do uso de cofres para proteger o dinheiro dentro das máquinas.

Depois de um aumento na vigilância, o banco descobriu que os criminosos estavam vandalizando as máquinas para usar os pen drives infectados com o malware (software destinado a se infiltrar em um computador).

Uma vez que o malware fosse transferido para a máquina, eles fechavam o buraco aberto para a entrada do pen drive. Desta forma, um mesmo caixa eletrônico poderia ser atacado várias vezes.

Códigos

Para ativar o código na hora em que quisessem, os criminosos digitavam uma série de 12 dígitos que lançava uma interface especial.

Análises do software instalado em quatro caixas eletrônicos atacados demonstraram que as máquinas infectadas mostravam não apenas a quantidade de dinheiro disponível em seu cofre, mas também quais as notas disponíveis e um menu com as opções de escolha das notas.

Segundo os pesquisadores, isso permitia que os criminosos pedissem a liberação das notas de valor mais alto para minimizar o tempo em que eles ficavam no caixa eletrônico, se arriscando a serem flagrados.

Os pesquisadores que revelaram esse novo tipo de crime cibernético também notaram outro aspecto: os criminosos que usam esse tipo de malware pareciam temer que membros da própria gangue agissem por conta própria.

Por isso, para a liberação do dinheiro no caixa eletrônico, o criminoso precisa digitar um segundo código, que varia a cada vez que o software é usado.

O criminoso só pode obter esse segundo código ligando para outro membro do grupo e descrevendo a ele os números que são mostrados na tela do caixa eletrônico no momento do crime.

Sem isso, o caixa eletrônico volta ao normal depois de três minutos, como se não tivesse sido atacado.

Os pesquisadores afirmaram que o código do malware usado nos caixas eletrônicos é muito difícil de analisar.

Fonte: BBC Brasil

Segurança da Informação: Eu odeio a Segurança!!

O papel do especialista em segurança da informação é fazer, entre outras tarefas, com que as informações sigilosas e confidenciais sejam acessadas somente pelas pessoas autorizadas dentro de uma empresa. Para tanto, atingir esse objetivo pode demandar algumas atitudes que algumas pessoas não concordam ou acreditam que é muita preocupação para pouca coisa.

As informações possuem, dependendo do ramo de atividade da empresa dentro da economia, um valor considerável cujo o custo de se manter uma certa proteção tem o seu retorno garantido. O empresário não pode correr o risco no seu negócio, acreditando que todas as pessoas que tem algum tipo de contato com informações privilegiadas não sofrerão assédios financeiros para vender algum tipo de documento restrito da empresa.

A cada dia que passa, quadrilhas especializadas em furtar informações empresariais estão recrutando pessoas para obterem informações de concorrentes e assim, antecipar as decisões de investimento e lançamento de novos produtos no mercado.

Todavia, para evitar um acesso não autorizado, as empresas estão criando diversos controles que inibem ou pelo menos tentam amenizar as consequências de um vazamento de informação não autorizado, criando regras e controles de acesso à determinadas áreas dentro da empresa.

Entretanto, sabemos que a maioria das pessoas possuem um ódio às regras de restrição impostas dentro da empresa para realizar o controle de segurança da informação que, em muitos casos, interferem na nossa liberdade de ir e vir, ler, escrever e falar. Só de imaginar que os e-mails da empresa podem ser monitorados, deixam o funcionário sempre em alerta sobre o que anda lendo e escrevendo nas mensagens eletrônicas, geram um pouco de stress no trabalho.

Levando essa questão um pouco para o nosso dia a dia, realmente ninguém gosta de ficar carregando um molho de chaves da casa, do carro, do escritório, etc. Muito menos ter que ficar lembrando de centenas de senhas que precisamos decorar: senha do cartão do banco, cartão de crédito, e-mail, compras on-line e tantas outras.

Essa irritação já é percebida quando vamos, por exemplo, entrar em um prédio público e precisamos passar pelo procedimento de cadastro de visitantes. É um tempo enorme ali dispensado para informar o nome completo, RG, CPF, endereço, o andar que vai visitar, falar com quem e, para piorar a situação, tirar aquela bendita foto justamente no dia que você não fez a barba ou não cortou o cabelo. Nem vou citar as condições femininas que dependendo do caso, desistem de entrar no prédio e retornam em outro dia com uns ajustes na maquiagem.

Reclamamos constantemente do processo de verificação de segurança nas portas giratórias dos bancos, isso quando não somos “travados” pela porta e temos que demonstrar que não somos criminosos e nem portamos armas de fogo. E para que isso? É a tal Segurança da Informação.

Em todo o momento nos é pedido uma confirmação se nós somos nós mesmos. Incrível! Ao longo do dia, quantas vezes você tem que se identificar e provar que você é você?! Mas tudo tem o seu preço, afinal, é a segurança da informação.

Afinal, se não fosse assim, estaríamos vivendo em uma sociedade em que não teríamos identidade, seríamos mais um na contagem geral da população com acesso a tudo e a todos, ficando sem sentido a própria existência. Exagerado essa afirmação? Não sei, só sei que existe uma tal de Segurança da Informação e pela quantidade de vezes que tenho que me identificar que eu sou eu mesmo, as vezes fico me imaginando se eu também não…. odeio a segurança?!

Até a próxima!

As técnicas de manipulação utilizadas por criminosos virtuais e a vulnerabilidade humana

O ser humano é dotado de sentimentos, razão, fé e esperança que garantem um convívio harmonioso na sociedade em que cada pessoa está inserido. Logicamente que a intensidade e a existência desses pontos varia de cada pessoa e que deve ser levado em conta a trajetória de vida de cada um.

Passamos boa parte de nossa vida aprendendo que devemos dar atenção aos outros, ajudar o próximo, fazer o bem e tudo mais de positivo que nos foi concebido para termos uma relação de paz e tranquilidade com as pessoas ao nosso redor. Pelo menos deveria ser assim em toda a Humanidade mas sabemos que por motivos políticos, históricos e até religiosos, determinadas sociedades vivem em eterno conflito.

E é nesse contexto, que determinadas pessoas dentro da sociedade se aproveitam do momento e praticam ações criminosas para benefício próprio, levando em consideração a boa fé e a ingenuidade dos outros que acabam caindo em golpes virtuais e são vítimas dos inúmeros crimes eletrônicos praticados principalmente na internet nos dias atuais.

Os criminosos virtuais utilizam algumas técnicas de manipulação para conseguir o apoio e a confiança da vítima para que seu objetivo seja alcançado, enganando e ocasionando em muitos dos casos em prejuízo financeiro para aqueles que acabam caindo no “conto do vigário”.

Uma dessas técnicas é manipular o sentimento das pessoas, levando à vítima uma falsa sensação que ela está ajudando uma pessoa necessitada. Por exemplo, quantas vezes não recebemos em nosso e-mail uma mensagem eletrônica informando que uma determinada pessoa está com uma doença rara e precisa urgentemente de um transplante de um órgão doente e para isso, como a família da possível vítima da doença não tem condições financeiras, é solicitado uma ajuda de custo e informa um número de conta bancária para realizar um depósito em qualquer quantia.

Esse tipo de golpe, com suas exceções, é uma forma rápida de se levantar uma grande soma de dinheiro levando em consideração a quantidade de e-mails que são enviados e o elevado número de pessoas que se comovem com a intenção de ajudar e acabam depositando valores acreditando que estão ajudando alguém necessitado.

Não muito diferente dessa técnica, os criminosos tem se utilizado de ações que prometem retorno financeiros rápidos e vultuosos, necessitando somente de um pequeno “investimento” financeiro pela vítima para proporcionar esse lucro tão esperado. Acredito que essa técnica de manipulação de aspirações é tão antiga que podemos observar nos dias de hoje como as pessoas são iludidas com promessas de ganhos futuros altamente rentáveis mas que para isso, precisa pagar uma certa quantia antecipadamente para obter uma lucro que na verdade não é bem o que se promete.

Logicamente, nos dias atuais, os criminosos se aproveitam do certo “anonimato” que a internet proporciona e realizam vários tipos de tentativa de manipulação contra as vítimas para que seja possível obter algum tipo de vantagem. Essa manipulação pode implicar em mexer com os sentimentos das pessoas, trabalhar a curiosidade, tentar estabelecer uma confiança, cativar a simpatia da vítima e no final, se essa manipulação resultar em algum prejuízo para a pessoa enganada, muita das vezes por razões de medo ou culpa, as vítimas acabam abafando o problema e não tomam iniciativas que deveriam ser feitas como denunciar esses criminosos para evitar que novas vítimas sejam enganadas.

Portanto, devemos ficar atentos para essas ações criminosas que tem aumentado consideravelmente no ambiente da internet para e desconfiar de qualquer atitude alheia que desperte uma promessa tentadora. É a máxima: “Confie desconfiando”.

Até a próxima!

Segurança da Informação: As ameaças que preocupam o administrador de redes

O crescimento exponencial da tecnologia da informação tem potencializado os riscos digitais, principalmente no momento em que se tem falado muito de mobilidade, acessibilidade e disponibilidade da informação a qualquer hora e em qualquer lugar.

A demanda por nova tecnologia e novos equipamentos eletrônicos tem feito a indústria uma refém da modernidade, com a obrigação de realizar lançamentos inovadores de dispositivos eletrônicos que agregam uma layout moderno e com recursos computacionais de dar inveja em qualquer concorrente no mercado.

Afinal, estamos vivendo na geração da tecnologia em que para qualquer lugar que se ande, sempre se esbarra na informática para realizar qualquer tipo de ação. Hoje, você já é acordado pela própria modernidade: quantas pessoas não usam o alarme do celular para acordar? É a tecnologia ditando as nossas vidas.

Todavia, junto com essa facilidade de acesso à informação temos as ameaças naturais para uma sociedade tecnologicamente interligada, ocasionando em novas preocupações para os administradores de redes a cada dia que se passa.

Com o surgimento dos dispositivos de armazenamento móveis, como por exemplo o pen drive, aumentou consideravelmente o risco de informações sigilosas serem “furtadas” ou divulgadas, tamanha a facilidade de se guardar um dispositivo desse no bolso ou em uma pasta. O seu manuseio é simples e tem a capacidade de guardar milhares de informações sobre uma empresa.

Através de um pequeno pen drive, as ameaças são as mais diversas possíveis. Basta a criatividade e o objetivo da mente criminosa para se colocar em prática as suas intenções e necessidades.

O administrador de redes se não tiver uma política de segurança estabelecida dentro de uma empresa para permitir ou não o uso de pen drive, algumas ameaças poderão ser colocadas em prática ocasionando em efeitos negativos.

Podemos citar algumas ameaças como: violação da propriedade intelectual, fraudes em documentos, pirataria, sabotagem digital, furto de informação, espionagem, falsificações e tantas outras oriundas de um acesso não autorizado e com objetivos nebulosos.

Entretanto, não é somente pela “porta” do acesso não autorizado que as ameaças se manifestam. Poder ser um e-mail malicioso enviado para um funcionário leigo, um vírus não tratado pelo sistema de segurança da empresa, aparelhos móveis como smartphones e tablet que sem um controle de permissão podem propagar informações confidenciais da empresa e outros meios preocupantes para o profissional de tecnologia.

É necessário entender que por mais que os riscos e as ameaçam sejam de natureza digital, eles são “reais”. As consequências de uma devastação digital terão enormes impactos na vida real. Imagine alguns sistemas fora do ar como: controle de tráfego aéreo, bolsa de valores, sistemas bancários e outros.

Existe a necessidade de se identificar essas ameaças e entender os riscos quando se assume a não tratá-las. Em determinadas situações, existe um custo muito elevado para amenizar certas ameaças e fica mais barato assumir as consequências que podem ocorrer com os problemas oriundos da concretização da ameaça que a própria solução para evitar a ameaça. É o que chamamos de risco assumido.

Contudo, um administrador de redes tem suas mãos uma série de atividades que extrapolam a simples função de ficar gerenciando servidores e impressoras. A cada dia que passa, é necessário uma visão mais de gestão que puramente técnica e é nesse sentido que o mercado seleciona naturalmente aqueles que devem permanecer na profissão e aqueles que precisam escolher outra área de atuação.

E você, já pensou em uma outra área de atuação?!

Até a próxima!

Segurança da Informação: Questões que englobam a Autenticação

A necessidade de se garantir que determinadas informações sigilosas ou confidenciais não sejam de conhecimento de terceiros sem a devida autorização, está levando diversas empresas a investir mais em segurança da informação. Em um mercado competitivo, é preciso um mínimo de cuidado especial com o principal ativo da empresa: a informação.

Atualmente, os bancos estão desenvolvendo cada vez mais uma nova forma de acesso do correntista à sua conta bancária de forma segura evitando ao máximo a ação dos criminosos eletrônicos. Entre algumas medidas adotadas por algumas instituições bancárias está o uso de dispositivos de segurança (Token) para aumentar o nível de segurança aos correntistas e evitar as fraudes bancárias contra os usuários desatentos que acreditam está navegando no site oficial do seu banco quando na verdade não estão.

Entre os pilares da Segurança da Informação está a Autenticação. O grande desafio para a promoção da segurança da informações dentro da autenticação é provar que o usuário/sistema é realmente quem diz ser.

O usuário quando tenta acessar a sua conta de seu banco, é preciso comprovar para o seu banco que realmente ele é o titular da conta corrente acessada. A necessidade de se autenticar no banco é para garantir ao banco que a pessoa que diz ser é a que possa ter acesso as informações bancárias sigilosas e evitar que terceiros tenham acesso a essas informações.

Principalmente quando esse acesso não é efetuado dentro da agência de forma pessoal, e sim pela internet, o cuidado ainda é maior pela imensidão que é a internet e a origem do acesso à conta é mais amplo, podendo o correntista tentar o acesso de qualquer parte do mundo.

Por outro lado, o correntista precisa ter a certeza que o sistema que ele está tentando acessar realmente é o banco de sua conta para evitar passar as informações confidenciais como número da conta e senha de acesso para os criminosos. É comum as pessoas acessarem os sites de banco em Lan House ou em computadores de terceiros, cujo a utilização do computador é compartilhado por várias pessoas.

Na autenticação, que é um ponto crítico de qualquer sistema de segurança, é intrínseco existir a identificação do titular visto que o acesso garantido ao sistema é uma garantia (ou deveria ser) que somente a pessoa que tem o acesso poderia se autenticar, logo, quem autentica se identifica. Mas sabemos que não é uma verdade essa lógica.

Um descuido ou o vazamento das informações necessárias para se autenticar em um sistema coloca em xeque a identificação. Isso ocorre quando utilizamos um único método de checagem das informações para permitir a liberação do acesso das informações confidenciais.

É necessário que o sistema de autenticação possibilite o uso de mais de um método de autenticação para aumentar o nível de segurança e garantir a identificação mais real do titular da conta.

Um método para realizar a autenticação: é enviar algo que você sabe: um login e senha (conta corrente, agência e senha de autoatendimento – no caso de conta bancária). Entretanto, não precisamos lembrar que muitos usuários colocam essas informações atrás do próprio cartão do banco, embaixo do teclado, no monitor, etc.

Além de enviar algo que você sabe, poderia ser usado algo que você tem: um dispositivo de identificação ou SmartCard. São conhecidos como Token, aqueles dispositivos que geram uma sequência numérica diferente a cada botão pressionado e que só tem validade geralmente por 30 segundos. Útil para forçar a segurança em casos em que o login e a senha foram descobertos mas ainda é necessário informar algo que se tem para continuar com a autenticação e nesse caso, somente quem possuir o dispositivo poderia comprovar a sua identidade.

E ainda sim, além de se utilizar as formas acima citadas, em combinação, algumas soluções permitem trabalhar com algo que você é: através da leitura de biometria (impressão digital) ou leitura da retina ou até mesmo a leitura da palma da mão. Essa forma de informação seria a mais difícil de ser burlada e a autenticação teria um alto grau de confiabilidade.

Trabalhando a autenticação com esses três métodos, é quase que certo que a autenticação realizada terá a sua identificação também validada uma vez que dificilmente os criminosos poderão utilizar todos os três métodos para fraudar um acesso autenticado.

Contudo, ainda sim, não se pode garantir a identidade de quem está acessando pela mera informação enviada pela internet do que se sabe e do que se tem. Afinal, quantas pessoas não emprestam o seu cartão de crédito para amigos e junto, emprestam a senha? Assim vale para o cartão do plano de saúde, do cartão do banco (junto com o token), etc.

Até a próxima!

Algumas competências que todo profissional de Segurança da Informação deveria ter

Em um mercado competitivo e dinâmico, o profissional de tecnologia precisa se atualizar constantemente com as novas tecnologias que surgem para evitar ficar desatualizado e perder boas chances de trabalho por falta de qualificação técnica.

Entretanto, algumas competências profissionais não são necessariamente ligadas à tecnologia em si. São habilidades necessárias para um bom desenvolvimento do trabalho ligado a Segurança da Informação.

Por exemplo, é de suma importância que as pessoas que queiram trabalhar com segurança da informação saiba identificar o problema de segurança e tratá-los. Não adianta encontrar uma falha e não ter a menor ideia de como resolver. Encontrar a falha não quer dizer problema resolvido. Muitas pessoas passam com os olhos pelo problema e nem desconfiam qual é a origem da falha por simplesmente desconhecer alguns preceitos básicos da área, como atualizações, hotfix e fóruns especializados.

Nesse mercado, é importante resolver vulnerabilidades no menor tempo possível (logicamente quando as soluções são compatíveis com o que se espera) para evitar prejuízos maiores. Todavia, é necessário ter a competência de analisar se uma solução sugerida serve para determinadas falhas encontradas.

Outra competência básica para um profissional de segurança da informação é ter conhecimento das normas/procedimentos que regem determinadas áreas, como ABNT, SOX, RFC, etc. Dependendo do mercado que o profissional irá atuar, a empresa como um todo tem que atender as exigências de uma determinada norma. Por exemplo, as empresas bancárias/financeiras para entrar na bolsa de valores americana, devem seguir a norma SOX (Lei Sarbanes-Oxley).

Nessa norma, exige-se a criação de mecanismos de auditoria e controle de segurança confiável nas empresas, incluindo a criação de comitês internos para minimizar os riscos aos negócio, mantendo um controle nas operações e atividades da empresa, garantindo a rastreabilidade de qualquer ação realizada em seus sistemas e processos internos.

Executar constantes testes de segurança nos sistemas internos da empresa e emitir um laudo sobre a situação atual é dever inerente para quem trabalha nessa área. É através dos relatórios do resultado de testes de vulnerabilidade é que o profissional poderá tomar determinadas ações ou pelo menos planejar como e quando agir.

Não se pode esperar pelo pior (como a invasão dos sistemas ou paralisação total dos serviços) para entrar em ação. A inércia é um fator determinante para o fracasso de uma organização em relação as questões de segurança da informação pois dependendo do problema encontrado, o trabalho para correção pode ser inviável e aí, as consequências negativas graves serão inevitáveis.

É necessário a criação de procedimentos de investigação e busca de evidências para situações que exijam uma intervenção mais técnica e profissional para levantar a autoria de determinadas situações, algumas delas até criminosas. O ato de um funcionário apagar arquivos sigilosos da empresa ou alguma informação ser repassada para terceiros (sem ter autorização ou mediante suborno), é necessário investigar e chegar na autoria desse crime.

Com procedimentos claros e objetivos, o tempo para executar o processo de investigação será menor pois as ferramentas, o “onde” e “como” procurar está todo descrito no procedimento e que o profissional de segurança da informação saberá exatamente como agir nesses casos.

Com isso, percebemos que não é só de tecnologia que devemos saber quando falamos sobre segurança da informação. Algumas competências intrínsecas ao perfil desse funcionário devem ser atendidas para que a real segurança da informação não fique apenas no nome do cargo, e sim, na atividade fim.

Até a próxima!

O Papel do Security Officer

Existem desafios que todo profissional designado para a função executiva de gestor de segurança da informação deve conhecer, enfrentar e superar. Evidentemente, sempre considerando o porte da organização e as características do negócio pois muita das vezes, o profissional deseja implementar vários controles de segurança mas ficará impedido pelo alto valor do investimento.

O Security Officer tem que ser o mediador, orientador, questionador, analisador de ameaças, impactos e consequentemente responsável por um estudo de viabilidade para cada situação e etapas a serem impostas, na esfera das estratégias de análise dos riscos. Afinal, ele estará envolvido com os diversos setores da organização, receberá e emitirá opiniões sobre as atividades desenvolvidas e a forma de como assegurar a segurança das informações.

Segundo Mário César Peixoto, o Security Officer não deixa de ser um engenheiro social do bem, devido a ter que conhecer suas técnicas, seu modo de agir, enfim, o perfil com atitudes e suspeitas de que esteja deparando com um ataque da Engenharia Social. O Engenheiro Social é o profissional que utiliza a boa vontade das pessoas em querer ajudar para obter todas as informações importantes e confidenciais de uma instituição, para futuramente, promover algum tipo de ataque à organização.

O papel do Security Officer é ser mais uma poderosa ferramenta para ajudar na diminuição de pontos vulneráveis que possam mais tarde se tornar ameaças crônicas, resultando em impactos sérios e as vezes irreparáveis, principalmente se as consequências da ações descontinuarem o negócio da empresa.

Esse profissional tem que está ciente que seu objetivo é fazer segurança pois é o responsável pela execução do processo de segurança da informação. Ele tem que garantir que os requisitos de segurança existem, são de conhecimento dos envolvidos e são cumpridos ao longo do tempo.

Uma das responsabilidades do Security Officer dentro de seu papel é definir a abordagem estratégica que vai adotar para a organização, em que necessariamente tem que estar alinhada às normas e procedimentos éticos da corporação, definir a forma de atuação do grupo de segurança, ter por base as normas e melhores práticas do mercado, proteger os recursos de informação, definir os controles para as novas iniciativas do negócio e acompanhar a eficácia da proteção ao longo do tempo.

Realmente não é tarefa fácil elaborar e executar um plano de Segurança da Informação, mas é possível na medida em que se conheçam verdadeiramente os negócios da empresa, tendo a liberdade de propor novos planos à Diretoria. Não adianta somente propor solução, tem que se preocupar em evitar a descontinuidade do negócio antes de ocorrer qualquer tipo de incidente de segurança.

Entende-se então que não existe uma solução padrão para ser aplicada em todas as empresas e sim, planos personalizados conforme a necessidade de cada organização. Não se podem copiar procedimentos e normas de segurança de uma instituição corporativa e implantar em outro lugar. Cada local possui seu próprio negócio, seus ativos da informação e os objetivos são completamente distintos, o que leva sempre a criação de procedimentos exclusivos para o planejamento da segurança da informação de cada segmento empresarial.

O Security Officer tem que criar uma política de segurança da informação em que a política reflete a filosofia da organização sobre o assunto segurança, que deve ser de fácil lembrança e deve informar as regras básicas que precisam ser seguidas. As normas e os procedimentos tratarão do detalhamento e de como executar esses controles.

O sucesso do processo de segurança da informação depende do nível do comprometimento dos usuários. As pessoas precisam entender da necessidade de proteção da informação e também precisam ser treinadas para fazer corretamente essa proteção. Nesse momento, o próprio Security Officer tem que está preparado e firme em suas decisões para que no futuro, determinadas ações cometidas pelos usuários não entrem em conflito com a postura do profissional de segurança da informação.

A proteção da informação atua sobre um leque abrangente de assuntos, situações novas e recentes tecnologias. Algumas vezes, o Security Officer não saberá detalhes de como normatizar determinadas coisa, mas deve saber contar com a colaboração de especialistas no assunto para implantação adequada.

Além desses desafios, o profissional de segurança da informação deve ter, pelo menos, duas características básicas: amar o que faz e ser ético. Com essas características e complementando com profissionalismo, o processo de segurança da informação existirá de uma forma efetiva na organização.

Resumidamente, o papel do Security Officer é ser responsável pela coordenação dos processos inerentes à segurança da informação. Onde este “chefe” de segurança junto com um plano diretor de segurança, tomará os devidos cuidados quanto ao tratamento de dispor e descartar informações baseando-se nas políticas de segurança impostas e estruturadas conforme as necessidades que cada organização tem em particular.

Fonte:

PEIXOTO, Mário César Pintaudi.Engenharia Social e Segurança da Informação. Ed. Brasport: Rio de Janeiro, 2006.

Eu sei quem é você e o que faz: a Internet que me contou!

O uso cada vez mais de sistemas informatizados nos mostra o quanto mudamos os nossos hábitos e costumes na convivência dentro da sociedade. A moda do uso das redes sociais trouxe pontos positivos mas também elencou alguns pontos negativos, resultado normal para toda nova tecnologia que entra em nosso cotidiano.

Estamos vivendo no mundo da informação, época das novidades tecnológicas e o conforto que a internet nos proporciona de conhecer lugares sem precisar sair de casa. Quem nunca sonhou em conhecer a Disney ou viajar à Europa só para conhecer e ver como é a Torre Eiffel?!

Com o surgimento do Google (para alguns é o “Santo Google”) tudo ficou mais “perto” e mais fácil o acesso à informação. Museus, obras de arte, trabalhos acadêmicos: tudo isso com um simples toque no teclado, você dá a volta ao mundo em questões de minutos. É uma diversão interessante mas ao mesmo tempo preocupante.

Tratando de redes sociais, que é a febre do momento, percebemos milhares de usuários conectados e felizes por reencontrar velhos amigos, criando assim, o seu círculo de amizades no mundo virtual através da permissão de adicionar o perfil do amigo em sua rede social. Dessa forma, temos um ponto positivo do uso da rede social que é aproximar as pessoas que estão distantes.

O perfil de usuário, nada mais é do que um tipo de cadastro de informações do usuário virtual que traz uma série de informações vinculadas ao dono do perfil. Por exemplo, se eu quiser entrar em uma rede social, tenho que me cadastrar na rede e assim, criar um perfil para que as outras pessoas possam me reconhecer e a partir desse momento, requisitar uma permissão para que eu possa fazer parte da rede social dela.

Nesse momento, dependendo da pessoa que está criando o perfil social, os problemas podem começar a aparecer. Tem gente que gosta de divulgar o maior número possível de informações pessoais e postar na internet, acreditando que assim, vários amigos possam o encontrar com mais facilidade. Outros, são exibidos mesmo, além de contar onde moram, o que fazem, onde trabalham, quantas meninas já pegou, posta a foto pessoal e algumas fotos da casa de praia, do carrão do ano, da lancha, etc.

Essas pessoas não possuem a noção que a vida delas está virando um livro de páginas abertas. Uma simples pesquisa na internet e pronto, todas as informações necessárias que um criminoso precisa para praticar algum crime, já fica por satisfeito para cometer as suas intenções com o resultado obtido.

É muito fácil checar se realmente isso faz sentido do que tratamos até aqui. Entre no site do Google (www.google.com.br) e pesquise o seu nome. De preferência, coloque o nome e sobrenome entre aspas, tipo: “Fulano de tal” e veja o resultado. Muitos links de resultado? Passou dos 1.000 sites na resposta da pesquisa? Está na hora de verificar o que você anda postando na internet. Pesquise também na área de imagens do Google, você irá se surpreender.

Entretanto, tem pessoas que usam a internet para realizar o seu marketing digital. Sem problemas, o que precisa se levar em conta é o montante que as nossas informações confidencias estão disponíveis na internet sem o nosso consentimento. Basta uma informação confidencial ser descoberta na internet para que você tenha uma baita dor de cabeça para o resto de sua vida.

Em momento oportuno, tratarei de um artigo específico sobre a influência da tecnologia na vida profissional e social de cada pessoa. É um assunto, que ao meu ver, merece uma atenção muito especial principalmente com as nossas crianças de hoje, que buscam fazer sucesso na internet postando vídeos engraçados (e muita das vezes, degradantes) sem pensar que isso vai refletir em sua vida profissional.

E você, o que será que o Google diz sobre você?

Até a próxima!