O bom funcionamento de uma rede de computadores está ligado diretamente ao funcionamento dos ativos de redes, como roteadores, switch e modens adsl. Dependendo da criticidade ou do objetivo de uma rede, é necessário uma redundância desses equipamentos e assim, um trabalho dobrado ao gestor de tecnologia para monitorar e gerenciar o funcionamento de cada um deles.
Antigamente, era predominante a utilização de HUB’s nos projetos de rede de computadores que tinham a função de interligar os computadores de uma rede local. Com a evolução da tecnologia e a necessidade de atender a demanda de certas funções, ocasionou no surgimento do switch, que ao longo do tempo, foi o substituidor natural do hub.
A grande diferença do funcionamento de um hub para um switch está na falta da comutação entre as portas de comunicação no hub. Quando um computador quer “conversar” com outro computador, se ambos tiverem conectados por um HUB, o computador origem envia um pacote de dados e quando esse pacote chega no hub, a informação é transmitido para todas as portas do hub, ficando o computador destino com a obrigação de responder ao computador origem que a informação chegou até ele.
Dessa forma, se existirem outros computadores conectados em outras portas do hub, “escutarão” o pacote do computador origem para não responderão pois as informações não são destinados a eles. Com isso, existia um problema de captura de dados em rede utilizando programas de computador do tipo “sniffer” que capturava todos os pacotes de dados que passavam pelas portas do hub, ficando a comunicação entre os computadores envolvidos na comunicação (origem e destino) vulneráveis quanto à privacidade.
Com o advento do switch, a comutação entre as portas fez com que os pacotes de dados vindo de um computador de origem não mais são replicados em todas as portas do switch em busca do computador destino e sim, somente é transmitido para a porta específica onde o computador destino está conectado fisicamente no switch, evitando assim, uma “escuta” clandestina dos fuçadores de informação nas demais portas do equipamento.
Contudo, no switch gerenciável, é possível realizar um monitoramento do tráfego de dados que esteja passando em uma determinada porta do switch, utilizando o recurso disponível conhecido como mirror. É a possibilidade de se “espelhar” os dados que passam por uma porta e copiar as informações, transmitindo uma cópia de todas as informações de uma porta para outra porta determinada pelo administrador do switch.
Dessa forma, por exemplo, quando um administrador de rede necessitar monitorar um tráfego de dados em uma determinada porta, ele faz o mirror da porta 1 do switch para a porta 2 e assim, rodando um sniffer (como o wireshark – aplicativo modo gráfico ou um simples tcpdump – ferramenta modo texto) obter as informações de tudo o que se passa na porta 1 do ativo de rede.
Em um ambiente corporativo, esse recurso disponível no switch gerenciável pode ajudar ao especialista em TI a resolver alguns problemas relacionado ao tráfego em si ou até mesmo servir como um recurso para monitoramento dos empregados dentro da empresa pois como todo o tráfego de dados será recebido pela porta espelhada (mirror), as conversas de chat, msn, navegação na internet, envio de e-mails e vários outras informações serão conhecidas pelo gestor de TI, a exceção daquelas informações que trafegam pela rede de forma criptografada (o que ainda é uma exceção em nosso cotidiano).
Outros benefícios também pode ser utilizados com um switch gerenciável dentro de uma empresa, como por exemplo, a criação e o roteamento entre VLAN’s, verificação de throughput, consulta de tabela ARP e muito mais.
Até a próxima!